
O Brasil foi palco para a primeira comunidade judaica estabelecida nas Américas. Com a expulsão dos judeus de Portugal, judeus convertidos ao catolicismo (cristãos-novos) já haviam se estabelecido na nova colônia, mas a maior parte desses primeiros judeus chegaram ao país na época das invasões holandesas do Brasil. O Nordeste brasileiro ficou sob o domínio holandês por vinte e quatro anos e, neste período, muitos sefarditas se estabeleceram no país, principalmente em Recife, onde tornaram-se prósperos comerciantes. Com a expulsão dos holandeses, a maioria dos judeus estabelecidos no Brasil fugiram para os Países Baixos.
Uma nova onda de imigrantes judeus começou a chegar ao Brasil em fins do século XIX. Essa imigração judaica está inserida dentro do fenômeno da grande imigração no Brasil. Neste período, cerca de 5,5 milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil, sendo o número de judeus não muito expressivo, pois estes preferiam imigrar para os Estados Unidos.
Durante o Brasil Império, uma Constituição foi promulgada, garantindo liberdade de culto no Brasil, o que facilitou a vinda de imigrantes judeus. A maior parte era do Leste europeu. A maioria desembarcava no porto de Santos e ia para a cidade de São Paulo onde rapidamente constituiu-se uma comunidade de comerciantes judeus.
Com a ascensão do nazismo na Alemanha na década de 1920, formou-se um maior contingente de imigrantes judeus rumando para o Brasil. Além de São Paulo, os judeus marcaram presença no Rio de Janeiro, no Sul do Brasil e em outras partes do país.
No Brasil, os imigrantes judeus praticamente não encontraram resistência religiosa e ficaram isentos de preconceito por parte da população do Brasil, o que tornou sua adaptação muito mais fácil que as comunidades judaicas norte-americana e argentina, por exemplo. Hoje em dia a comunidade judaica brasileira participa ativamente na sociedade e estão completamente integrados no país.
- Giovana Pires
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